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A estrada para a Casa Branca passa pela Filadélfia, disse a vice-presidente dos EUA Kamala Harris no domingo (28), enquanto fazia várias paradas pela cidade que poderiam determinar seu destino na Pensilvânia — e com isso, a corrida para 270 votos eleitorais.

“Nós vamos fazer isso”, disse Harris. “A vitória atravessa a Filadélfia e atravessa a Pensilvânia”.

Ao longo do dia, a vice-presidente também compareceu a um culto em uma igreja predominantemente negra, parou em uma barbearia e entrou em um restaurante porto-riquenho — tudo parte de um esforço concentrado para cortejar eleitores negros e latinos.

A Pensilvânia fica na base do “muro azul” dos democratas, junto com Michigan e Wisconsin — estados que Donald Trump conquistou em 2016 antes de Joe Biden fazer o mesmo há quatro anos. Além de parar em empresas locais, Harris visitou um time de basquete juvenil e lançou um novo anúncio de campanha.

O comercial foi ao ar durante o jogo de futebol americano dos Eagles no domingo, apresentando um clipe de Trump, em 2020, dizendo: “Coisas ruins acontecem na Filadélfia”.

“Eles não gostam de nós”, um narrador interrompe para dizer. “Nós não nos importamos”.

Colocando Trump contra a cidade, com um aceno especial para seus fãs de esportes notoriamente hostis, o anúncio — que se tornou viral logo após ser exibido — emitiu um aviso ao ex-presidente.

“Aqui está o que pessoas como Donald Trump não entendem: nós somos a Filadélfia. F—ing Philly”, diz o narrador. “E quando você luta contra nós, nós lutamos de volta. De 1776 a 4th e 26. Então vá em frente, fale o que quiser, Donald. Vamos votar em breve.”

A mensagem de Harris no domingo, quando ela apareceu em vários bairros ricos em votos, foi simples e consistente.

“A eleição está aqui, e a escolha está realmente em suas mãos”, disse Harris durante outro evento. “O caminho para a vitória passa por todos os líderes que estão aqui, todos vocês.”

Ela também falou sobre o esforço da campanha para construir uma ampla coalizão. Em alguns casos, isso significou abraçar republicanos conservadores, como a ex-deputada Liz Cheney, de Wyoming. Na Filadélfia, significa convencer uma cidade esmagadoramente democrata, mas racial, cultural e economicamente diversa, a apoiá-la quase uniformemente.

“Para todos os amigos aqui, eu digo, sejamos intencionais sobre a construção de uma comunidade. Sejamos intencionais sobre a construção de coalizões”, disse Harris. “Sejamos intencionais sobre a compreensão de que todos nós temos muito mais em comum do que aquilo que nos separa”.

Harris também se dirigiu diretamente aos eleitores jovens, outro grupo demográfico que pode ser fundamental para determinar uma corrida que, tanto nacionalmente quanto nos grandes estados de batalha, está parecendo cada vez mais um jogo de cara ou coroa.

“Vocês estão justamente impacientes por mudanças”, disse Harris. “Vocês que só conheceram a crise climática, vocês são líderes no que precisamos fazer para proteger nosso planeta. Vocês que cresceram com exercícios de atiradores ativos, vocês sabem o que temos que fazer para lutar pela segurança em nossas escolas”.

Ela continuou, novamente marcando o efeito da eleição no futuro dos direitos reprodutivos na América.

Pouco depois de subir ao palco em um evento na Filadélfia, no entanto, Harris foi interrompida por um manifestante pró-palestino e, como já fez antes, interrompeu brevemente seus comentários para reconhecer a guerra israelense em andamento em Gaza.

“Podemos, e devemos aproveitar esta oportunidade para acabar com esta guerra e trazer os reféns para casa”, disse Harris. “E farei tudo ao meu alcance para atingir esse fim”.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Kamala Harris corteja eleitores negros e latinos na Pensilvânia no site CNN Brasil.

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