Empresária é presa no Aeroporto de Sinop durante Operação Cleópatra contra esquema de pirâmide financeira
Empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva é presa em Sinop durante operação Cleópatra contra esquema de pirâmide financeira
Cuiabá, 31 de outubro – A empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, de 28 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira (31) ao desembarcar no aeroporto de Sinop, a 500 km ao norte de Cuiabá. Ela é uma das principais investigadas na Operação Cleópatra, que investiga um esquema de pirâmide financeira responsável por causar prejuízos estimados em R$ 2,5 milhões às vítimas. Além de Taiza, a operação também mira um médico e um ex-policial federal, ambos envolvidos no esquema.
De acordo com informações divulgadas pela polícia, Taiza era proprietária da “DT Investimentos” e estava sendo investigada desde janeiro deste ano por sua atuação em golpes financeiros. Nas redes sociais, a empresária se apresentava como uma jovem bonita, bem-sucedida e especialista em investimentos financeiros, usando essa imagem para atrair vítimas.
Ao longo da operação, a polícia descobriu que Taiza utilizava argumentos persuasivos e prometia lucros de 2% a 6% ao dia, dependendo do valor investido. Esse engodo fez com que muitas vítimas investissem valores elevados, superiores a R$ 100 mil, em ações, participando de um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
Inicialmente, as vítimas recebiam retornos financeiros, o que as incentivava a realizar novos investimentos. No entanto, com o tempo, a empresa deixou de pagar os lucros prometidos. Quando as vítimas solicitavam a devolução de seus investimentos, Taiza começou a apresentar desculpas e eventualmente deixou de responder completamente.
O ex-policial federal, que foi casado com Taiza, atuava como gestor de negócios da empresa, enquanto o médico ocupava o cargo de diretor administrativo, formando um grupo criminoso que destruiu o planejamento financeiro de dezenas de vítimas, incluindo amigos e familiares dos investigados.
Com base nas evidências coletadas durante as investigações, o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia do Consumidor (Decon), solicitou as ordens judiciais, que foram deferidas pela Justiça e cumpridas nesta quinta-feira. Durante as buscas, uma caminhonete Ford Ranger foi apreendida, além de diversos documentos que serão analisados para dar continuidade às investigações.
Até o momento, os prejuízos registrados pelas vítimas totalizam R$ 2,5 milhões, mas o delegado Rogério Ferreira acredita que esse número pode ser ainda maior, considerando a possibilidade de que existam outras vítimas que não formalizaram queixas.
O nome da operação, “Cleópatra”, faz referência à principal investigada do esquema, que, assim como a rainha do Egito, exercia grande influência sobre as pessoas devido à sua beleza, riqueza e habilidade comunicativa.
A Operação Cleópatra é um esforço significativo das autoridades para combater fraudes financeiras e proteger os consumidores, destacando a importância da vigilância contínua contra esquemas fraudulentos que ameaçam a segurança econômica da população.
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