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Após maioria para manter condenação de Collor, Mendonça leva recurso para análise presencial do STF

jornaldematogrosso.com.br
Após maioria para manter condenação de Collor, Mendonça leva recurso para análise presencial do STF
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Corte analisava pedidos da defesa do ex-presidente no sistema virtual; placar era de 6 votos a 2 para rejeitar recursos. Com a ida do caso ao plenário físico, julgamento será reiniciado em data indefinida. Fernando Collor em imagem de 5 de fevereiro de 2020

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo/Arquivo

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria de votos para manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o ministro André Mendonça paralisou o julgamento de recursos da defesa, no sistema virtual da Corte, e levou o caso para análise no plenário físico.

Com isso, o julgamento dos recursos contra a condenação será reiniciado. Ainda não há data para a análise. Caberá ao presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, incluir o caso no calendário do Supremo.

Os ministros julgavam, no plenário virtual da Corte, recursos da defesa do ex-presidente contra decisão que condenou, em 2023, Collor a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.

Até a noite de sexta (9), quando os pedidos eram analisados virtualmente, o placar era de 6 votos a 2 para rejeitar os recursos. Havia maioria de votos para manter a condenação do ex-presidente.

Collor e os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento de R$ 20 milhões em propina para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

Segundo a investigação, o dinheiro teria sido pago para assegurar apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.

Julgamento virtual

No recurso apresentado à Corte, os advogados de Collor afirmam que houve um erro na contagem de votos que levou a definição do tamanho da pena. Também pedem que a acusação seja rejeitada por falta de provas.

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes, para manter a pena em 8 anos e 10 meses (relembre o julgamento que condenou o ex-presidente no vídeo abaixo).

STF fixa condenação de Collor em 8 anos e 10 meses de prisão, em regime inicial fechado

Também votaram pela rejeição dos recursos: Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Eles entenderam que não houve qualquer problema na fixação da pena.

Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram pela redução da pena no crime de corrupção para 4 anos. A redução — em quatro meses da pena inicialmente decidida pela Corte — levaria o crime de corrupção a prescrever, o que livraria Collor dessa punição e também da prisão.

Mesmo após a conclusão desse julgamento, que seguirá para o plenário físico do Supremo, as defesas dos condenados poderão entrar com novos recursos.

Normalmente, o STF manda executar a pena de prisão quando os segundos recursos são rejeitados.

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