Morte de Santrosa, candidata trans em Sinop, pode estar ligada à guerra de facções criminosas
O caso gerou grande comoção na cidade, que já enfrenta uma crescente violência ligada ao tráfico de drogas
A morte da empresária, cantora e suplente de vereadora trans, Gabriel Santos Rosa, conhecida como Santrosa, de 27 anos, está sendo investigada pelas autoridades de Sinop, a 500 km de Cuiabá, Mato Grosso, e pode ter relação com a guerra de facções criminosas entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) na região. A jovem foi encontrada decapitada e com as mãos e pés amarrados em uma área de mata na zona rural da cidade no domingo (10/11).
Santrosa, que também era uma figura conhecida nas redes sociais e no meio artístico local, se dedicava a causas culturais e sociais, especialmente voltadas para a comunidade LGBTQIAPN+. Ela havia participado das últimas eleições municipais pelo PSDB, obtendo 121 votos e ficando como suplente de vereadora. Além disso, Santrosa participou do concurso Miss Mato Grosso 2024, representando a cidade de Sinop, e estava envolvida em várias iniciativas culturais e empreendedoras, como sua loja de confecção de roupas e eventos para a comunidade.
O caso gerou grande comoção na cidade, que já enfrenta uma crescente violência ligada ao tráfico de drogas e disputas entre facções criminosas. A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, enquanto a família e a comunidade local clamam por justiça. A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso também se posicionou sobre o caso, pedindo que todas as informações sobre o crime sejam apuradas de forma rigorosa, independentemente da motivação.
O velório de Santrosa está ocorrendo na capela mortuária de Sinop, com sepultamento marcado para as 16h30 no Cemitério Municipal. A cidade permanece em luto, e as autoridades seguem buscando respostas para esclarecer a morte da jovem.
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