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Matupá,13/11/2024

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Morte de Santrosa, candidata trans em Sinop, pode estar ligada à guerra de facções criminosas

O caso gerou grande comoção na cidade, que já enfrenta uma crescente violência ligada ao tráfico de drogas

Da redação
Morte de Santrosa, candidata trans em Sinop, pode estar ligada à guerra de facções criminosas
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A morte da empresária, cantora e suplente de vereadora trans, Gabriel Santos Rosa, conhecida como Santrosa, de 27 anos, está sendo investigada pelas autoridades de Sinop, a 500 km de Cuiabá, Mato Grosso, e pode ter relação com a guerra de facções criminosas entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) na região. A jovem foi encontrada decapitada e com as mãos e pés amarrados em uma área de mata na zona rural da cidade no domingo (10/11).

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De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop, as investigações iniciais descartam que a morte de Santrosa tenha sido motivada por transfobia. “Não tem nada de transfobia, não matou por causa da condição. Nada disso. Tem mais ligação com guerra de facção, mesmo. Ela poderia estar ligada ao PCC e passando informação, falando demais. Essas são as primeiras informações. E o Comando Vermelho mandou ‘passar’ ela. A forma de matar deles é essa aí mesmo, tirar a cabeça”, explicou o delegado.

Santrosa, que também era uma figura conhecida nas redes sociais e no meio artístico local, se dedicava a causas culturais e sociais, especialmente voltadas para a comunidade LGBTQIAPN+. Ela havia participado das últimas eleições municipais pelo PSDB, obtendo 121 votos e ficando como suplente de vereadora. Além disso, Santrosa participou do concurso Miss Mato Grosso 2024, representando a cidade de Sinop, e estava envolvida em várias iniciativas culturais e empreendedoras, como sua loja de confecção de roupas e eventos para a comunidade.

O caso gerou grande comoção na cidade, que já enfrenta uma crescente violência ligada ao tráfico de drogas e disputas entre facções criminosas. A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, enquanto a família e a comunidade local clamam por justiça. A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso também se posicionou sobre o caso, pedindo que todas as informações sobre o crime sejam apuradas de forma rigorosa, independentemente da motivação.

O velório de Santrosa está ocorrendo na capela mortuária de Sinop, com sepultamento marcado para as 16h30 no Cemitério Municipal. A cidade permanece em luto, e as autoridades seguem buscando respostas para esclarecer a morte da jovem.

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