Entidades do agro debatem exportações em encontro com ministro Carlos Fávaro em Brasília
Nesta terça-feira, em Brasília, 59 entidades do Instituto Pensar Agro (IPA) se reuniram com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para discutir as conquistas e desafios do setor agropecuário brasileiro no cenário global. Representantes de todo o país participaram do evento, entre eles o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, que ressaltou a importância desse diálogo para o fortalecimento das exportações do estado, o maior produtor de grãos e carne do país.
“Essas aberturas não são apenas estatísticas”, disse Fávaro. “Elas geram empregos e resultados financeiros para as empresas do setor agropecuário e para a balança comercial do país”, enfatizou. Fávaro mencionou ainda que a meta é chegar a 300 novos mercados até o fim de 2024.
Os dados do ministério confirmam os avanços no comércio exterior. Somente no ano passado, o Brasil abriu 78 novos destinos em 39 países, e, em 2024, mais 180 possibilidades comerciais em mercados estratégicos, abrangendo os cinco continentes.
Esses esforços resultaram em um recorde de exportações do agronegócio brasileiro, que somaram US$ 167 bilhões em 2023, quase metade de todas as exportações brasileiras, representando um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Para Fávaro, “o agro brasileiro tem dado passos impressionantes no mercado global, batendo recordes de abertura de mercados e garantindo que nossos produtos alcancem cada vez mais espaço no mundo”, afirmou.
Para Mato Grosso, estado que lidera a produção de soja, milho e carne bovina, o cenário traz grandes oportunidades, mas também apresenta desafios. Em sua fala, o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, destacou a relevância desse trabalho para os produtores mato-grossenses, ressaltando as vantagens de um mercado mais diversificado para fortalecer a economia do estado.
“Esse movimento de abertura de novos mercados tem sido essencial para Mato Grosso. Somos responsáveis por uma parcela significativa das exportações brasileiras de grãos e proteína animal. Mas, além de celebrar as conquistas, precisamos pensar em estratégias para superar barreiras comerciais e logísticas, garantindo que o mundo continue escolhendo nossos produtos. Em Mato Grosso, nossa capacidade produtiva é robusta, mas enfrentamos gargalos em infraestrutura e precisamos de avanços no escoamento da produção e na redução de custos logísticos”, pontuou Tomain.
Ascom Famato
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