Nova vacina nasal promete conter transmissão de coqueluche, aponta pesquisa
O número de casos de coqueluche aumentou mais de 1.000% apenas em 2024, em comparação com o ano anterior, no Brasil. À medida em que a infecção cresce entre a população, uma nova pesquisa descobriu que uma nova vacina nasal pode ser promissora no combate à transmissão da doença respiratória.
Como resultado, os animais não mostraram sinais da bactéria nos pulmões e na nasofaringe – a área superior da garganta atrás do nariz – três semanas após a infecção. A bactéria permaneceu, no entanto, no trato respiratório superior de camundongos que receberam a vacina tradicional por via intramuscular.
A permanência das bactérias no trato superior de um indivíduo seria o que permite que até mesmo indivíduos vacinados possam transmitir a doença. O estudo também não encontrou efeitos adversos no tecido pulmonar após a imunização, fazendo com que pesquisadores exaltem a segurança da vacina.
“Ao desenvolver uma vacina que pode não apenas proteger indivíduos, mas também prevenir a transmissão, esperamos melhorar as vacinas existentes e limitar a disseminação da coqueluche nas comunidades”, disse a principal autora do estudo, Lisa Morici, professora de microbiologia e imunologia na Escola de Medicina da Universidade Tulane.
“Essas descobertas ressaltam a necessidade de vacinas aprimoradas que podem fazer mais do que apenas proteger o indivíduo”, acrescentou James McLachlan. “Precisamos de vacinas que possam efetivamente impedir que as bactérias se espalhem dentro das comunidades, e essa nova abordagem oferece um passo encorajador nessa direção”.
A coqueluche é uma infecção respiratória causa pela bactéria Bordetella pertussis. Ela causa sintomas como crises de tosse seca, além de febre, mal-estar geral, coriza e, em alguns casos, vômitos e dificuldade para respirar.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Nova vacina nasal promete conter transmissão de coqueluche, aponta pesquisa no site CNN Brasil.
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