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Mostra no Pará reúne fotografias da Amazônia ocupada por grandes projetos na década de 70
Segue em cartaz até 8 de abril o trabalho do fotógrafo Rafael Gamba. A entrada é gratuita.
Em 24/03/2018 10:39:00 na sessão Cidades
A exposição "Terra Sem Mal", do fotógrafo Rafael Gamba, continua em cartaz até 8 de abril no Banco da Amazônia, em Belém, com visitação gratuita. A mostra apresenta imagens realizadas durante a década de 1970 em Manaus, período em que o território amazônico sofreu profundas transformações com a implementação de projetos industriais e grandes empreendimentos de infraestrutura e consequentemente, teve também intensos fluxos migratórios. A curadoria é de Fernando Schmitt.
Isidorio Gamba, hoje com 80 anos, pai de Rafael, foi incumbido de morar alguns anos na capital amazonense para atuar nesse contexto e fez várias fotografias do ambiente sendo modificado. Quase 40 anos depois, seu filho encontrou os slides e decidiu observá-los na busca de encontrar vestígios da cidade onde nasceu. Da surpresa com as imagens, Rafael apostou no seu uso artístico.
A proximidade com o curador foi fundamental para se chegar ao formato exposto, com 19 imagens e um vídeo, assinado pela artista Viviane Gueller. "A curadoria desse trabalho começa antes mesmo de ele ser pensado como a exposição que está em cartaz. O Rafael fazia parte de um grupo de estudos em fotografia que coordeno no espaço Planta Baja, em Porto Alegre. Aos poucos ele veio falando da ideia e trazendo as imagens que estava produzindo. Ali discutimos conceitualmente o projeto e iniciamos um processo de edição das imagens", revela Fernando Schmitt.
Tanto que quando Fernando recebeu o convite para ser curador, a ideia da exposição já estava parcialmente definida, inclusive com o vídeo que compõe a mostra. Foi quando Rafael soube que havia sido contemplado com o edital de pautas do Banco. "Nesse momento ele já tinha uma edição mais definida e algumas ideias bem claras do que seria mostrado, além do vídeo. Passamos a trabalhar no conceito expográfico para ocupar o espaço específico da sala: tamanhos das imagens, material de impressão, delimitação de mini narrativas nos subconjuntos de fotos, pensamento dos fluxos de movimento do público", completa o curador.
Fernando Schmitt explica ainda que a exposição foi orientada por um eixo que mistura o contexto histórico em que as primeiras imagens foram originalmente produzidas, a nostalgia do tempo não vivido pouco antes do nascimento do Rafael e os procedimentos fotográficos e afetivos que resultaram nas imagens de hoje, carregadas de tempo, lembranças e esquecimentos.
Imagem e som
O vídeo feito por Viviane Gueller foi realizado também no decorrer das pesquisas de Rafael e apresenta uma questão que a artista investiga atualmente: a relação entre imagem e som. Na exposição, o vídeo vem acompanhado do som do projetor, com o ruído da peça conhecida como ventoinha.
"Acompanhei desde o primeiro momento, quando ele resgatou os slides, como projetou e fotografou. E pensei que seria interessante fazer esse registro. No momento da edição do vídeo, surgiu algo que venho pensando sobre a relação entre som e imagem, o que isso gera, ou o que a falta de subordinação de um ao outro acaba gerando. O som do projetor tem um potencial muito forte, assim como o branco produzido pelo intervalo entre um slide e outro. Então, o trabalho foi sendo construído a partir dessas observações", explica Viviane Gueller.
Serviço
Exposição "Terra Sem Mal", de Rafael Gamba, em cartaz até dia 8 de abril, no Banco da Amazônia (Av. Pres. Vargas, 800 - Campina). Entrada gratuita. Visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Agendamento de visitas monitoradas: (91) 99116-4988.
Fonte: G1 PA