Juiz de Peixoto de Azevedo nega pedido de indenização de sobrevivente de atentado violento
Apesar de reconhecer a gravidade dos fatos, o juiz apontou que não é possível, neste momento, afirmar de forma incontroversa a relação entre os danos alegados e as ações dos réus.
O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), negou o pedido de tutela de urgência feito por E.A.L., um dos sobreviventes de um atentado ocorrido em abril deste ano. O caso envolveu Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues, resultando na morte de duas pessoas e ferimentos graves em outras vítimas.
Os Argumentos da Decisão
Apesar de reconhecer a gravidade dos fatos, o juiz apontou que não é possível, neste momento, afirmar de forma incontroversa a relação entre os danos alegados e as ações dos réus. A decisão também rejeitou o pedido de medidas para preservar o patrimônio dos acusados, alegando ausência de provas concretas de que os bens estariam sendo dilapidados.
“O evento gerou um profundo abalo psicológico a ele e sua família, expondo-os a uma situação de extrema violência e insegurança, com repercussões duradouras em sua saúde emocional. Por esses fatos, pleiteia o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 300 mil”, citou o juiz em sua análise. Contudo, enfatizou que a gravidade do caso ainda depende de ampla instrução probatória.
Entenda o Caso
O atentado aconteceu na residência de “Polaco” durante um almoço de aniversário. Segundo as investigações, Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki Dal Poz e Eder Gonçalves Rodrigues invadiram o local armados. Dois homens, Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, foram mortos, enquanto outras vítimas, incluindo um padre, ficaram feridas. O principal alvo do ataque, “Polaco”, sofreu apenas lesões leves causadas por estilhaços.
Conflitos anteriores entre Inês e "Polaco" motivaram o ataque. As desavenças começaram após disputas sobre a devolução de uma casa alugada por Inês, que resultaram em brigas judiciais e ameaças mútuas. Relatos indicam que Inês vinha recebendo cobranças e ameaças antes do crime, o que teria influenciado seu comportamento.
Divergências e Próximos Passos
O caso evidencia as complexidades legais de um evento de tamanha violência. Embora o pedido de tutela de urgência tenha sido negado, o processo continuará com a coleta e análise de provas para determinar a responsabilidade civil e criminal dos envolvidos.
Sem a decisão emergencial, E.A.L. terá que aguardar a instrução probatória para tentar comprovar os danos sofridos e a relação direta com as ações dos réus. Já Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki Dal Poz e Eder Gonçalves Rodrigues enfrentam acusações graves que podem levar a sentenças rigorosas caso sejam condenados.
Impacto Local
O atentado chocou a comunidade de Peixoto de Azevedo, destacando questões de violência e segurança na região. A decisão judicial também reforça a necessidade de provas contundentes para concessão de medidas urgentes, mesmo em casos de grande repercussão.
Acompanhe as atualizações sobre o caso.
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