Vereadores de Sinop reprovam projeto para criação de centro de atendimento pediátrico e levantam polêmica sobre prioridades de saúde
O espaço seria equipado para realizar consultas pediátricas, exames, procedimentos médicos e até encaminhamentos para internações hospitalares quando necessário
Na última sessão do ano de 2024, a Câmara Municipal de Sinop protagonizou uma decisão controversa ao reprovar o projeto de lei que visava a criação de um Centro de Atendimento Pediátrico na cidade. A proposta, de autoria do vereador Adenilson Rocha, buscava a implantação de uma estrutura especializada para atender à saúde infantil e garantir consultas e procedimentos médicos para crianças e adolescentes. A rejeição do projeto gerou indignação em muitos setores da população, que aguardam melhorias na área de saúde.
A proposta foi rejeitada por 8 votos contrários, com os vereadores Paulinho Abreu, Dilmair Callegaro, Célio Garcia, Lucinei Silva, Moisés do Jardim do Ouro, Luís Paulo da Gleba, Celsinho do Sopão e Juventino Silva se posicionando contra o projeto. Nenhum dos vereadores que votaram contra a criação do Centro se manifestou durante a votação, deixando em aberto o motivo de sua reprovação.
Por outro lado, os vereadores Ademir De Bortoli, Elbio Vokweis, Mário Sugizaki e o próprio autor da proposta, Adenilson Rocha, votaram favoravelmente ao projeto, defendendo a criação do Centro como uma medida urgente para a melhoria da saúde infantil em Sinop.
O projeto havia sido apresentado como uma solução necessária para atender as deficiências do sistema de saúde infantil no município, que atualmente não oferece estrutura adequada para as necessidades das crianças e adolescentes. A implementação do Centro de Atendimento Pediátrico foi descrita como uma forma de garantir um atendimento médico de qualidade, respeitando os direitos das crianças à saúde, conforme estabelecido pela Constituição.
A reprovação do projeto levanta questionamentos sobre as prioridades dos vereadores e da gestão municipal em relação à saúde pública. Para a população de Sinop, o episódio reforça a sensação de que a saúde das crianças segue sendo uma questão negligenciada, especialmente diante das dificuldades enfrentadas pelas famílias para obter atendimento médico especializado.
Em um cenário em que a saúde infantil é cada vez mais demandada, a negativa do projeto coloca a Câmara Municipal sob os holofotes, com a expectativa de que os próximos passos em relação a políticas públicas para a área de saúde sejam mais eficazes e atendam realmente às necessidades da população.
COMENTÁRIOS