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Matupá,30/01/2025

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Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil

noticiasaominuto.com.br
Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Policiais civis e militares realizam na manhã desta quarta-feira (29) uma operação no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.


 

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Há relatos, nas redes sociais, de tiroteios. Até o momento, não há confirmação de mortos ou feridos.


A ação provocou o fechamento dos dois sentidos da avenida Brasil na altura de Manguinhos, por volta de 4h50, segundo o Centro de Operações Rio. A liberação ocorreu às 5h, disse o órgão da prefeitura carioca.


A operação policial é realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo.


A ação, batizada de Conexão Perdida, tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro) do Espírito Santo. Eles utilizariam o território fluminense como base estratégica para expandir operações ilegais.


Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, o grupo extorquia funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás, que só podiam atuar nas áreas controladas pela facção mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 mil.


A investigação também aponta que, para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um "banco paralelo" -instituição financeira irregular que estaria operando dentro do Complexo da Maré e oferecendo empréstimos para moradores da comunidade.


"Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano", disse o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, em nota divulgada pelo governo fluminense.


As investigações tiveram início em novembro de 2024, após a prisão de Luan Gomes de Faria na capital capixaba. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como "os irmãos Vera", são suspeitos de chefiarem o TCP no estado.
"Bruno veio para o Complexo da Maré após a prisão do irmão", diz a nota do governo fluminense.


Além da ação no Complexo da Maré, também são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande e Laranjeiras, no Rio, e em comunidades de Vitória.


Participam da operação policiais civis e militares do Rio de Janeiro, além de policiais civis de delegacias especializadas do Espírito Santo.


"Esta ação reflete o esforço coordenado entre as forças de segurança do Rio com outros estados para enfraquecer o crime organizado que hoje ultrapassa fronteiras estaduais. O criminoso que vem pra cá se esconder ou fazer escola, será preso. O Rio de Janeiro não tem espaço para criminosos, seja daqui ou de qualquer outro lugar", afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).


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