Inseto do ano da Nova Zelândia é um verme antigo que cospe gosma venenosa
De todos os insetos que os neozelandeses poderiam ter escolhido para vencer uma competição internacional, eles não escolheram nem o mais bonito, nem o mais útil.
Quase 25.000 votos foram dados por quase 10.000 pessoas em todo o mundo, que foram convidadas a escolher apenas três favoritos de uma lista de 21 indicados, incluindo larvas, formigas, grilos e moscas.
Depois da Nova Zelândia, o maior número de votos veio da América do Norte, Europa e Austrália — com surpreendentes 35 votos lançados de “um barco no oceano”.
Agora, para o vencedor… o verme-de-veludo da Nova Zelândia é mais conhecido pelos cientistas como Peripatoides novaezealandiae, um tipo de peripato, ou invertebrado de corpo mole, que existe há milhões de anos. Eles são tão antigos que às vezes são chamados de “fósseis vivos”.
Os vermes-de-veludo parecem lagartas, mas têm pernas curtas e grossas que usam para vaguear por folhas em decomposição em áreas frescas e sombreadas da Nova Zelândia, Austrália, África, América do Sul e partes da Ásia. Na Nova Zelândia, eles têm de 2 a 5 centímetros de comprimento, mas podem ser maiores em outros lugares.
As criaturas são conhecidas como vermes-de-veludo porque são macias ao toque, mas também são predadores vorazes que se banqueteiam à noite com as entranhas de outros invertebrados desavisados.
Durante o dia, eles se escondem em troncos em decomposição, esperando a escuridão para disparar jatos de fluido pegajoso para capturar sua presa antes de usar saliva para dissolver seus interiores em uma sopa nutritiva.
A competição deste ano não traz nenhuma recompensa, exceto uma maior conscientização sobre um inseto que pode ser subestimado em todo o mundo, ajudada por algumas centenas de dólares em doações.
“Minha esperança é que as pessoas observem mais de perto as ‘criaturas rastejantes’ ao seu redor, as fotografem e aprendam mais sobre elas”, disse Jenny Jandt, professora sênior da Universidade de Otago e membro do comitê Inseto do Ano.
Foi uma competição difícil, com pouco mais de 100 votos separando os dois principais insetos – o louva-a-deus da Nova Zelândia ficou em segundo lugar.
Em terceiro lugar ficou o colêmbolo gigante, descrito como “criaturas adoráveis”, que se alimentam de fungos e lodo.
Não surpreendentemente, o último lugar foi para a mosca-dobson da Nova Zelândia, o maior inseto aquático do mundo, informalmente conhecido como “mordedor de dedo do pé” por seus encontros anteriores com humanos.
Os fãs de insetos têm até julho para indicar seus favoritos para 2026.
Imagens aproximadas mostram detalhes extraordinários dos insetos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Inseto do ano da Nova Zelândia é um verme antigo que cospe gosma venenosa no site CNN Brasil.
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