Mulheres são maioria na saúde e representam quase metade dos médicos do país
O protagonismo feminino também se reflete em diferentes áreas da saúde.

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. A data simboliza a luta contra a discriminação, desigualdade, violência e o feminicídio, além de ser um momento de reflexão sobre a participação das mulheres em diferentes setores da sociedade, incluindo na saúde.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres representam 70% dos profissionais da área em nível global. Na medicina, o número de trabalhadoras atuantes tem crescido e representa 49,91% dos profissionais do Brasil, segundo o Observatório do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na enfermagem, elas são maioria e representam cerca de 85% dos profissionais, de acordo com dados do Conselho Brasileiro de Enfermagem (Cofen). O mesmo acontece na psicologia, onde as mulheres correspondem a 79,2% da classe, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Em um hospital particular de Sinop, no Mato Grosso, as mulheres representam cerca de 86% dos profissionais contratados de forma direta pela instituição, tanto na linha de frente dos atendimentos, quanto em funções administrativas e de gestão, onde ocupam 64% dos cargos de liderança.
“O reconhecimento desse protagonismo é fundamental para avançarmos em direção à equidade de gênero em todas as áreas da saúde. Temos excelentes profissionais atuantes e muitas que estão em formação nas universidades. Como professora do curso de Medicina em Sinop e também como médica há mais de 28 anos, isso me alegra, pois quando integrei o mercado não tínhamos esse reconhecimento. Em algumas áreas isso ainda precisa avançar, mas de forma geral penso que estamos evoluindo” destacou Dra. Anna Letícia Yanai, diretora técnica do Hospital e Maternidade Dois Pinheiros.
A importância da mulher também se reflete na ciência. De acordo com o relatório “Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil”, divulgado pela Elsevier-Bori em 2024, a presença das mulheres na ciência brasileira cresceu 29% entre 2002 e 2022. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em participação feminina na área, ficando atrás apenas da Argentina e de Portugal.
A luta por equidade ganha ainda mais relevância quando se observa que a maior parte da população brasileira é feminina. Atualmente, o país tem 104,5 milhões de mulheres, representando 51,5% do total de habitantes.
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