Ponto turístico de Sinop, lago do Camping segue com manchas de óleo; moradores cobram ação da SEMA e do Ministério Público
Denúncia aponta agravamento do desastre ambiental e impunidade do responsável.

Sinop vive um dos mais graves desastres ambientais de sua história. O lago do Camping Club, um dos principais pontos turísticos da cidade, amanheceu neste sábado (8) tomado por grandes manchas de óleo. O forte odor de produtos químicos e a mortandade de peixes revelam que a contaminação segue sem controle, enquanto a população continua sem respostas concretas das autoridades.
Moradores denunciam que o responsável pelo crime ambiental segue impune. Há indícios de que uma empresa local despejou resíduos tóxicos ilegalmente na nascente do rio que abastece o lago, através de um duto subterrâneo que cruza a rodovia estadual e alcança uma área de preservação permanente. O impacto ambiental tem sido devastador.
População cobra providências da SEMA e do Ministério Público
A SEMA afirmou que está apurando o caso, mas até o momento não anunciou nenhuma ação concreta. Já o Ministério Público foi acionado e deve investigar tanto o crime ambiental quanto as denúncias de intimidação contra os moradores que cobram providências.
“Não podemos esperar que toda a biodiversidade desse lago morra para só então tomarem providências. Isso já passou dos limites. O que mais precisa acontecer para essa empresa ser responsabilizada?” questiona um dos voluntários que tenta resgatar os poucos peixes ainda vivos.
Desastre ambiental causa prejuízos e fechamento do Camping Club
Com a contaminação se espalhando e o silêncio das autoridades, o cenário no Camping Club é desolador. O lago, antes um local de lazer e contato com a natureza, está tomado por óleo e peixes mortos. O cheiro é insuportável, afastando visitantes e moradores.
Os impactos também atingem o setor econômico: com eventos cancelados e atividades suspensas, os estabelecimentos próximos registram prejuízos significativos. O próprio Camping Club teve que ser fechado por tempo indeterminado devido ao risco à saúde pública.
A pergunta segue sem resposta: até quando os responsáveis seguirão livres para destruir o meio ambiente sem consequências?
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