Família precisa ter cautela com idosos que moram sozinhos, aponta psicóloga

Idosos morarem sós, além de ser uma tendência, não significa um risco por si só. No entanto, há determinadas condições em que a pessoa da terceira idade não deveria ficar isolada devido a riscos de acidentes. O alerta é da psicóloga Luiza Rios Ricci Volpato.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 8,5% da população idosa desenvolve algum tipo de demência, e esse percentual aumenta conforme a pessoa envelhece. Já dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos têm depressão.
A depressão é um ponto de atenção para os familiares. O isolamento social, a diminuição da mobilidade e o sentimento de “estar dando trabalho” podem aumentar o risco da doença. Embora não seja um impeditivo para morar sozinho, pode ser um agravante a se considerar. Principalmente porque, como alerta Volpato, ela não “chega de uma vez”.
“No caso da depressão, pressionar o doente não ajuda, atrapalha. O ideal é fazer uma visita, é fazer um convite, dizer que precisa dele para alguma atividade, fazer ele se sentir útil. Agora, se mesmo assim o idoso não sai de casa ou não atende o telefone, é o caso de entrar com um tratamento”, explica.
Já idosos com Doença de Alzheimer não devem morar sozinhos, principalmente devido à perda de memória. Esse fator pode levar o indivíduo a esquecer um fogão ligado ou esquecer de tomar seus remédios, comprometendo sua saúde e facilitando a progressão da doença.
Outro fator associado ao Alzheimer é a perda da sensação de fome e sede, levando à desnutrição ou dieta inadequada. Além disso, o comportamento compulsivo e agressivo pode acarretar lesões ou quedas intencionais e acidentais, que podem ser fata...
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