Dez municípios representam 70% da exploração ilegal de madeira em MT
O mapeamento foi realizado pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) com dados durante um ano.
Mais de 70% da exploração ilegal de madeira em MT se concentra em 10 municípios — Foto: Felipe Werneck / Ibama 
Um mapeamento realizado durante um ano mostrou que mais de 70% da exploração ilegal de madeira em Mato Grosso se concentra em 10 municípios. O estudo foi realizado pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) com dados de agosto de 2022 a julho de 2023. As cidades com maior índice de exploração não autorizada, em mil hectares, são:
1. Aripuanã - 9.327
2. Nova Maringá - 6.223
3. Colniza - 4.577
4. Juara - 3.364
5. União do Sul - 2.791
6. Nova Ubiratã - 2.678
7. Marcelândia - 1.634
8. Juína - 1.520
9. Apiacás - 1.353
10. Feliz Natal - 1.327
A maior parte da exploração não autorizada no estado ocorre em imóveis inseridos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), representando 64%.
Segundo o Coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), Vinícius Silgueiro, a exploração ilegal é um problema que ainda enfrenta lacunas no sistema de monitoramento e controle, e é essencial que sejam enfrentadas para zerar a ilegalidade na exploração madeireira.
"Para zerarmos essa ilegalidade, o primeiro passo é melhorar o sistema de monitoramento e controle, mas o consumidor também precisa estar atento à origem da madeira. O consumidor, tanto no mercado internacional quanto nacional, precisa exigir a origem e a rastreabilidade desse produto," afirmou Vinícius Silgueiro.
Entre as mais de mil unidades de conservação exploradas, o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro foram as mais impactadas.
Segundo o Instituto Centro de Vida (ICV), para comprovar a legalidade das explorações mapeadas, foram verificadas 455 autorizações de exploração florestal emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ao todo, foram mapeados 34.794 hectares concentrados nestes municípios do estado.
Houve uma redução de 40% na área explorada ilegalmente em relação ao ano anterior, conforme o instituto.
Os 219 mil hectares de florestas mapeados pelo sistema durante este período representaram uma redução de 16% no total explorado no estado em relação ao período de 2022, quando foram mapeados mais de 259 mil hectares.
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