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Matupá,08/09/2024

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Justiça extingue ação da filha de André Maggi que contestava distribuição de herança em MT

Carina Maggi Martins alega que foi enganada pelos demais herdeiros sobre o real patrimônio deixado por André Maggi, que morreu em 2001 aos 74 anos.

Redação
Justiça extingue ação da filha de André Maggi que contestava distribuição de herança em MT
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A Justiça de Mato Grosso decidiu extinguir a ação movida por Carina Maggi Martins, filha de André Maggi, contra a distribuição da herança deixada por seu pai, fundador de uma das maiores empresas exportadoras de soja do mundo. A decisão foi proferida pela Juíza Olinda de Quadros, da 11ª Vara Cível de Cuiabá, nesta quinta-feira (25).

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A juíza concluiu que Carina havia concordado, no momento do reconhecimento de sua paternidade, em abrir mão de seus direitos de herdeira em favor dos irmãos, comprometendo-se a não contestar essa decisão posteriormente.


O Grupo Amaggi, em comunicado, afirmou que se manifestará exclusivamente nos autos do processo.


Na ação, Carina Martins alegou ter sido enganada pelos demais herdeiros sobre a real dimensão do patrimônio deixado por André Maggi e afirmou acreditar que seu pai não desejava excluí-la da partilha da herança. André Maggi faleceu em 2001.

Em julho de 2023, surgiu uma suspeita de falsificação de assinaturas nos documentos da partilha da herança de André Maggi, fundador do Grupo Amaggi. A perícia foi solicitada pelos advogados de Carina Maggi Martins, uma das filhas de André, e revelou indícios de falsificação.


O advogado de Carina, Felipe Iglesias, argumentou que a assinatura de André em 2001, ano de sua morte, não deveria ser clara e limpa devido ao estado avançado de Parkinson do empresário. Nos anos anteriores, as assinaturas de André apresentavam uma grafia trêmula, conforme a perícia.


Cerca de 11 ou 21 dias antes de sua morte, André fez uma doação societária das duas principais empresas do grupo para sua esposa, Lúcia Borges Maggi. No entanto, a assinatura nesses documentos levantou suspeitas.


A perícia, realizada por uma especialista em São Paulo ao longo de uma semana, resultou em um relatório de mais de 100 páginas, apontando uma "dualidade de punho escritor" nos documentos comparados com atos societários de anos anteriores, período em que André já apresentava sintomas avançados de Parkinson.


### Histórico


O sobrenome Maggi ganhou destaque no agronegócio brasileiro com a fundação do Grupo Amaggi em 1977, em São Miguel do Iguaçu, Paraná. Inicialmente chamada de Sementes Maggi, a empresa foi fundada por André Maggi e sua esposa, Lúcia Borges Maggi. Dois anos depois, a companhia expandiu suas operações para o Mato Grosso, tornando-se um símbolo do cultivo de soja no estado.


Após a morte de André em 2001, Lúcia se tornou a principal acionista do grupo, que cresceu de um simples empreendimento de plantio para uma operação diversificada, incluindo processamento de grãos, comercialização de insumos agrícolas, geração de energia elétrica e operações logísticas.


Em janeiro de 2022, a Amaggi ocupava a 13ª posição na lista das 100 maiores empresas do agronegócio no Brasil, segundo a Forbes, com uma receita de R$ 23,51 bilhões. Lúcia Borges Maggi, que atualmente ocupa uma posição consultiva no Conselho de Administração da empresa, foi destaque na lista das 8 bilionárias brasileiras da revista "Forbes" em 2022, com uma fortuna estimada em US$ 6,9 bilhões (cerca de R$ 32,3 bilhões).

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