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A decisão do ministro corregedor Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou o afastamento de dois magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), apontou que o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, tentou fazer uma transferência para o desembargador Sebastião de Moraes Filho, que não deu certo. O documento revelou ainda que o togado teria tentado simular uma relação apenas profissional com o jurista, após ele ter sido morto.
Foram afastados dos cargos os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, em decorrência de informações contidas no telefone celular que pertencia ao advogado Roberto Zampieri, por suspeita de venda de sentenças. Vários diálogos apontam que o jurista oferecia vantagens indevidas em troca de decisões judiciais favoráveis.
De acordo com o documento que endossou a decisão do CNJ, Roberto Zampieri e o desembargador teriam trocado mensagens no dia 15 de setembro e teria sido feita uma tentativa de transferência entre as contas bancárias de ambos. No entanto, o repasse não foi completado por conta de um pix incorreto enviado pelo magistrado.
A decisão do ministro aponta que Sebastião de Moraes Filho teria procurado Zampieri de forma insistente, no dia 15 de setembro, e que as respostas dadas pelo advogado, na conversa, indicam o recebimento de supostas vantagens indevidas pelo desembargador: “O pix está errado. Estornou o valor. Tenta mandar o pix correto que faço agora”, teria dito o jurista.
O documento que embasou o CNJ também aponta que o desembargador teria tentado forjar uma relação apenas cordial com o advogado, sem tanta intimidade, após saber da morte do jurista. De acordo com o relatório, minutos após a execução, o magistrado enviou uma mensagem de texto ao telefone celular de Zampieri.
Para o CNJ, a mensagem teria um cunho suspeito, após a análise das demais interações entre ambos. “Causa enorme estranheza e denota...

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