Acordo de Mariana deve sair até o final do ano, diz governador do ES
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse nesta quarta-feira (04), que o acordo de Mariana pode sair nos próximos meses. Ainda segundo o governador, o valor que as empresas responsáveis pelo rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, devem pagar, será em torno de R$ 100 bilhões.
A fala foi após encontro do governador com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), no Palácio do Planalto. Lula teria relatado ao governador que está em contato direto com as empresas para garantir a solução do problema.
Em junho, a Advocacia Geral da União informou que a União e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo apresentaram uma proposta no valor de R$ 109 bilhões para que o acordo fosse celebrado com as mineradoras Samarco, Vale e BHP, responsabilizadas pela tragédia.
Uma proposta de acordo havia sido apresentado no final de 2023 pelas mineradoras, mas os governos consideraram as tratativas insuficientes, e o valor foi considerado aquém do necessário para reparar os prejuízos causados. Desde então, empresas e Poder Público tentam chegar a um consenso. O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Minas Gerais será o responsável pela decisão.
Na reunião com Lula, Casagrande disse ter apresentado uma nova demanda para o acordo: a inclusão da duplicação da BR-262, que passa pela bacia do Rio Doce. O custo para melhoria do trecho que liga Minas Gerais ao Espírito Santo é estimado em R$ 5 bi.
Impactos da tragédia
O rompimento da barragem do Fundão teve um impacto econômico e ambiental enorme na região. De acordo com a FGV, cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas, 19 perderam a vida e o meio ambiente foi severamente danificado.
O Distrito de Bento Rodrigues foi destruído pela lama que atingiu o rio Doce em todo o percurso de Minas até o município de Linhares, no Espírito Santo. O litoral também chegou a ser afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
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