Candidato a prefeito de Sorriso tem dívidas ativas com o município desde 2011
Embora Alei tenha transferido a titularidade da empresa para um funcionário, Amauri Avelino da Silva, em 2015, o histórico da dívida permanece uma questão crítica
O empresário Alei Fernandes, candidato a prefeito de Sorriso, enfrenta uma situação delicada que coloca em dúvida sua capacidade de gerir os recursos públicos. Segundo informações apuradas, a empresa Irrigafértil, que foi de sua propriedade até 2015, acumula débitos inscritos em Dívida Ativa do Município desde 2011. O montante total, corrigido até o presente momento, ultrapassa R$ 914 mil.
O fato ganha contornos ainda mais intrigantes quando se observa que, desde 2017, a gestão do atual prefeito Ari Lafin não tomou medidas para cobrar a dívida. O questionamento sobre a imparcialidade da administração municipal é reforçado pelo envolvimento do Procurador do Município, Daniel Henrique de Mello, na campanha de Alei. Como procurador, Daniel teria a obrigação de executar a cobrança dos débitos tributários, mas, até o momento, nada foi feito.
Além das dívidas municipais, Alei Fernandes também enfrenta outros processos, incluindo dívidas federais que tramitam na Justiça. A situação levanta sérias dúvidas sobre a ética e a viabilidade de um candidato que pretende administrar o município, mas que ainda possui pendências com o erário.
A cobrança de dívidas tributárias é uma das responsabilidades básicas de qualquer administração pública, e a ausência de ação em um caso como este pode ser interpretada como um desvio de conduta, comprometendo a credibilidade da gestão municipal e da campanha eleitoral de Alei Fernandes. Quem almeja comandar a máquina pública deve, no mínimo, estar em dia com suas obrigações fiscais e mostrar compromisso com a transparência.
O espaço para o candidato se manifestar está aberto pelo Olhar Cidade.
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