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Morreu na madrugada desta quarta-feira (25) a jovem Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Ela teve 90% do corpo queimado durante um ataque do ex-namorado, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, que ocorreu em Paranatinga. O caso agora passa a ser tratado como feminicídio pela Polícia Civil.
Juliana estava internada no Centro de Tratamentos de Queimados do HMC desde 10 de setembro com queimaduras de segundo e terceiro grau.
Ela chegou a acordar do coma no último fim de semana. Durante esses poucos dias de vida, ela relatou à mãe, Rosicléia Magalhães da Silva, o que ocorreu naquele dia de terror. “Ela me contou que a intenção dele era matá-la, não somente colocar fogo. O fogo seria para sumir com o corpo. A intenção era matá-la com golpes de madeira. Por isso, ela está com o corpo cheio de marcas. Ele bateu muito nela.”
O agressor, que também teve 50% do corpo queimado durante a ação criminosa, teve o mandado de prisão preventiva decretado pela Comarca de Paranatinga, sendo a ordem judicial cumprida no Hospital Municipal de Cuiabá. As investigações iniciaram na noite de 9 de setembro, após os policiais da Delegacia de Paranatinga serem acionados sobre um incêndio em uma residência no bairro Ipê Florido. No local, os policiais foram informados de que um casal havia sido encaminhado para o hospital da cidade, sendo uma das vítimas uma jovem com 90% do corpo queimado.
Durante a apuração dos fatos, havia um confronto de narrativas em que familiares do suspeito relatavam que houve uma tentativa de suicídio, em que a jovem tentou evitar a ação do companheiro e foi atingida. Porém, a versão apresentada tornou-se pouco provável, em razão da gravidade das lesões no corpo da vítima, sendo posteriormente colhidas novas informações de que se tratava de um crime de tentativa de feminicídio, conforme relatado pela própria vítima, que disse que seu ex-companheiro jogou álcool e posteriormente ateou fogo...

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