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Matupá,01/10/2024

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Gaeco investiga 20 candidatos a vereador em Sinop e outras 7 cidades por financiamento de facção criminosa

As cidades alvo da fiscalização incluem Cuiabá, Várzea Grande, Nobres, Cáceres, Sinop, Primavera do Leste, Sorriso e Alta Floresta

Da redação
Gaeco investiga 20 candidatos a vereador em Sinop e outras 7 cidades por financiamento de facção criminosa
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O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) está em curso com uma investigação abrangente que envolve 20 candidatos a vereador em pelo menos oito cidades de Mato Grosso. De acordo com informações divulgadas pelo jornal A Gazeta, esses candidatos estariam, supostamente, tendo suas campanhas financiadas pela facção criminosa Comando Vermelho.

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As cidades alvo da fiscalização incluem Cuiabá, Várzea Grande, Nobres, Cáceres, Sinop, Primavera do Leste, Sorriso e Alta Floresta. Segundo o Gaeco, a facção utiliza as campanhas eleitorais como um meio de lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O financiamento é realizado através de valores em espécie, que são entregues diretamente aos candidatos selecionados por lideranças da organização criminosa.

O coordenador do Gaeco, Adriano Roberto Alves, comentou sobre a situação: "Estamos acompanhando isso de perto, e, até o momento, o Gaeco investiga 20 candidatos. No entanto, devido ao crescimento da influência que o crime organizado busca no processo eleitoral, foram criados novos órgãos de fiscalização na Polícia Civil e até na Polícia Federal. Esse número pode dobrar." Essa afirmação revela a seriedade e a complexidade da investigação, que visa desarticular a influência da facção nas esferas políticas locais.

A estratégia do Comando Vermelho, segundo o Gaeco, é que, se eleitos, esses candidatos promovam iniciativas que beneficiem a facção, o que pode incluir a influência sobre legislações municipais, zoneamento urbano e apoio a jogos de azar em campeonatos amadores em Mato Grosso. Alves enfatizou que "muitas vezes, esses campeonatos são realizados com dinheiro público, e o apoio é garantido por vereadores financiados pela facção."

Recentemente, a situação ganhou novos contornos com a prisão do vereador Paulo Henrique (MDB) em Cuiabá, acusado de manter ligações com o Comando Vermelho. Ele estaria envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro utilizando eventos e shows realizados em casas noturnas da capital, como o Dallas Bar, que foi adquirido pela facção por R$ 800 mil em espécie. A investigação aponta que o papel do legislador era facilitar a autorização de licenças para a realização desses eventos e cooptar servidores para ações ilícitas.

A situação gera preocupação não apenas entre os eleitores, mas também nas esferas de fiscalização e segurança pública, reforçando a urgência de medidas efetivas para combater a corrupção e o crime organizado no processo eleitoral em Mato Grosso.

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