Publicidade

 

As eleições no país das maravilhas têm sido marcadas por escolhas difíceis e cruéis. Os eleitores têm que optar por ou morrer queimado ou morrer afogado; por ficar na frigideira ou cair no fogo; por ficar entre a cruz ou a espada. Em suma: escolher sempre o menos pior. É o destino de um país que há décadas é malgovernado, obrigado a seguir um filme sem roteiro, com atores e atrizes da Globe, produção da Recordi, veiculado no SBP e com um final igual ao do filme O Cubo. Aqui, na capital das “agroqueimadas”, não é diferente. Vejamos os candidatos. 
O Anônimo
O partido do anônimo manteve sua tradição de sempre ficar em cima do muro e indicar um candidato que não tem a menor chance de ganhar ou de ser protagonista, sempre com o pensamento visceral do partido de apoiar, no segundo turno, aquele que tiver maior chance de vitória. Também pudera, depois de abrigar, em suas fileiras, um dos piores prefeitos que a capital já teve, que ainda por cima (ou por baixo, depende do ponto de vista) se aliou ao PTCDEAEQIA+, não se podia esperar outra coisa desse partido além dessa demonstração de decadência. Falei somente do partido porque ninguém conhece o candidato e sua campanha fez questão de não o fazer conhecido. Segundo pesquisas informais, espera-se, com otimismo, conseguir 37 votos no total.
O Boca-mole
Se tem alguém que representa fielmente a velha política tendo como principais bandeiras o nepotismo, o fisiologismo e o clientelismo, tudo azeitado com a antiga prática do toma-lá-dá-cá, é o Boca-Mole. Com o objetivo de “ter o poder a qualquer custo até o fim da vida”, guarda em si a péssima imagem que o legislativo estadual passa para a população – aliás, todos os legislativos do país passam essa péssima imagem. Vencer as eleições parecerá uma simples continuidade com o que já temos. Apesar de ter o apoio do alcaide estadual e do farto dinheiro público em campanha, nunca conseguiu melhorar a imagem e nem a dicção....

Publicidade