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Matupá,18/10/2024

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Chacina em Sinop: Edgar Ricardo de Oliveira é condenado a mais de 136 anos de prisão

A brutalidade da chacina foi evidenciada por um vídeo de segurança do bar


Chacina em Sinop: Edgar Ricardo de Oliveira é condenado a mais de 136 anos de prisão
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Na terça-feira (15), Edgar Ricardo de Oliveira foi condenado a 136 anos, 3 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, além de 32 dias-multa, pela autoria da chacina que resultou na morte de sete pessoas em um bar de Sinop, em fevereiro de 2023. A decisão foi proferida pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal da Comarca, que também determinou que ele indenizasse as famílias das vítimas em R$ 200 mil, divididos igualmente entre os parentes.

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Durante o julgamento, a juíza destacou as qualificadoras do crime, que incluíram homicídio qualificado por motivo torpe e uso de meio cruel, resultando em perigo comum. A sessão começou com o depoimento da mãe e esposa das vítimas Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, e Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos. A testemunha descreveu o horror do ataque e relatou ter acreditado que Larissa havia conseguido escapar, até descobrir que ela foi atingida por um tiro nas costas.

Edgar, em sua defesa, alegou que não tinha intenção de matar e que a motivação para a ação estava relacionada a um desentendimento após perder uma partida de sinuca. Ele tentou se justificar dizendo que não precisava do dinheiro proveniente do jogo, afirmando ser um empresário ativo em vários projetos.

A brutalidade da chacina foi evidenciada por um vídeo de segurança do bar, que capturou o momento em que Edgar e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, abriram fogo contra os presentes, incluindo a jovem Larissa. Após o crime, eles fugiram levando dinheiro e objetos do bar.

Os mortos foram identificados como Maciel Bruno de Andrade Costa, Orisberto Pereira Sousa, Elizeu Santos da Silva, Josué Ramos Tenório, Adriano Balbinote, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior e Larissa Frasão de Almeida. Dois dias após o massacre, Edgar se entregou à polícia após a morte de Ezequias, que foi abatido em um confronto com a polícia.

O investigador da defesa civil, Wilson Candido de Souza, que acompanhou o caso, afirmou que nunca havia presenciado tamanha frieza em um crime em seus 24 anos de carreira. Ele reforçou que o motivo da execução foi um "prejuízo material do jogo".

Edgar, que está preso na Penitenciária Central de Mato Grosso, participou do julgamento por videoconferência, optando por não comparecer pessoalmente. A defesa, representada pela Defensoria Pública Estadual, acompanhou a audiência no plenário.

Esse julgamento já havia sido adiado duas vezes anteriormente, com datas marcadas para junho e novembro, mas a juíza antecipou a sessão em função da impossibilidade de designação de um promotor substituto durante as férias do promotor que atua no caso.

A sociedade aguarda com expectativa a conclusão desse processo, que expõe a gravidade da violência no contexto social e as trágicas consequências de atos de brutalidade.


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