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Matupá,19/10/2024

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Duas pessoas são presas por crime ambiental durante operação em terra indígena explorada pelo garimpo ilegal em MT

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Duas pessoas são presas por crime ambiental durante operação em terra indígena explorada pelo garimpo ilegal em MT
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Além das prisões, a ação resultou na apreensão de 45 gramas de ouro, quatro antenas, um fuzil, três escopetas, duas pistolas e mil litros de óleo diesel. Ação resultou na apreensão de 45 gramas de ouro, quatro antenas, um fuzil, três escopetas, duas pistolas e mil litros de óleo diesel.
Polícia Federal
Duas pessoas foram presas durante a sexta fase da Operação Incursões Sararé, na Terra Indígena Sararé, localizada na zona rural de Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, nesta sexta-feira (18). Um dos presos é suspeito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, usurpação de bem da União e crime ambiental, enquanto o outro é investigado por transporte irregular de produto perigoso.
Participaram da operação: A Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Polícia Civil, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
De acordo com os agentes que atuaram na operação, as ações da sexta fase foram encerradas nesta sexta. Além das prisões, a ação integrada resultou na apreensão de 45 gramas de ouro, quatro antenas, um fuzil, três escopetas, duas pistolas e mil litros de óleo diesel.
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Segundo a investigação, a operação foi deflagrada com o intuito de “combater crimes ambientais e atividades ilegais na fronteira, com foco na extração ilegal de ouro e na usurpação de bens da União”.
No local também foi realizada a destruição de motores estacionários e onze escavadeiras, que foram encontradas em “toda a extensão da Terra Indígena Sararé”.
No local também foi realizada a destruição de motores estacionários e onze escavadeiras
Polícia Federal
Mesmo com o encerramento das atividades em campo, a polícia informou que as investigações continuarão para identificar os financiadores da atividade ilegal e o possível envolvimento de proprietários rurais da região.
A operação apontou que os garimpeiros extraíam o ouro e financiavam diretamente a degradação do meio ambiente, gerando um enorme dano social e provocando desequilíbrios no mercado financeiro local.
Chacina na Sararé
Há três semanas, quatro pessoas morreram e uma ficou ferida em uma chacina em um garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé. Duas vítimas foram identificadas como Fabio Tavares Siriano, de 33 anos e a esposa, Flavia Melo Miranda Soares, de 20 anos.
Flávia Miranda é natural do Acre e teria ido ao garimpo encontrar o marido, Fábio.
De acordo com o delegado João Paulo Berté, a chacina teria sido motivada após uma briga dentro do garimpo, por área de exploração. Uma das linhas de investigação da polícia é que os envolvidos tenham ligação com organização criminosa.
Crescimento da exploração
Documentarista registra degradação ambiental na terra indígena Sararé
A Terra Indígena Sararé abrange os municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Nos últimos anos, a região tem sido alvo de uma intensificação das atividades garimpeiras, que ameaçam não apenas a integridade do meio ambiente, mas também a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais.
A primeira operação das forças de segurança foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram novamente.
Em abril deste ano, foram apreendidas 22 pás carregadoras avaliadas em mais de R$ 17 milhões, 39 motores estacionários, duas bombas d'água, um gerador e duas britadeiras foram destruídas, durante a "Operação que Ouro Viciado".
As escavações indiscriminadas provocam desmatamento, poluição dos rios e degradação do solo, o que afeta diretamente o abastecimento de água e a biodiversidade local. Segundo dados do Ministério Público Federal de 2022, a TI Sararé tem cerca de 5 mil garimpeiros.
Segundo lideranças indígenas da região, o território é uma área de grande importância ambiental e cultural, mas tem enfrentado sérios desafios relacionados ao garimpo clandestino.

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